10 de dezembro de 2014

e o que te BROCHA?

No outro texto, quando eu falava sobre o que me dava tesão, ou melhor, sobre o fato de eu não conseguir definir direito o que me dá tesão na vida, o Paco comentou que para ele seria mais fácil definir o que tirava o tesão, em outras palavras, o que brochava...
Antigamente eu seria categórico, diria que "gente burra me brocha!". Eu falava muito isto... 
Implicava com gente que assistia novela, achava um despropósito quem gostava de lavar o carro de fim de semana, se a pessoa dissesse que assistia o Silvio Santos ou o Faustão.. vixi....caia muito no meu "conceito"...
Eu tinha até um certo preconceito com quem não tinha ensino superior, sério mesmo! Isto era um fator para eu me interessar - ou não -  por alguém.. 
Enfim, gente que eu considerava "burras"... me brochavam...Além daquelas sem papo, sem assunto, que não tinham o mínimo de cultura geral... enfim... eu era um ser pedante e pernóstico... um verdadeiro "viado"!
Por sorte, e com a ajuda dos anos, a gente vai aprendendo o que é realmente importante...hoje em dia eu vejo como eu fui bobo de ter pouca paciência e até mesmo de afastar das tais "gentes burras"...mas é aquela estória, não dá para refazer o caminho com a experiência que temos hoje...
Atualmente o que me brocha um pouco é gente que "se dá muita importância", gente que não saber rir de seus defeitos e nem estar aberto a opiniões diferentes... gente que "se acha"... Mas como nos outros casos, talvez daqui algum tempo eu descubra uma outra faceta nestas pessoas... rsrsrsrs

Ah... e na cama? Na hora do sexo,  transar de meias definitivamente me brocha! Mesmo que esteja frio... meias só para dormir...

E para você? O que te BROCHA?

ALIÁS, o certo é Brocha ou Broxa?  "As palavras brocha e broxa existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. A palavra brocha se refere a um prego de cabeça chata e a cravinhos de ferro usados em sapatos, bem como a chavetas, correias ou cordas usadas em carros de boi. Pode significar também um fecho ou alguém que está desanimado ou doente. A palavra broxa se refere a um pincel grande. A palavra brocha tem sua origem na palavra em francês broche, devendo assim ser escrita com ch. É sinônima de prego, tacha, percevejo, fecho, broche, bem como de desanimado, desalentado, doente, debilitado e enfermo. A palavra broxa poderá ter sua origem na palavra em francês brosse, tendo evoluído de ss para x. É um tipo de pincel grande e grosseiro muito utilizado em caiação e em pinturas rápidas e toscas"

2 de dezembro de 2014

O QUE TE DÁ TESÃO?

repetindo a pergunta: O que te dá Tesão?

Se você pensou em bunda, pau, peito, boca e outras partes da anatomia .... além de eu achar que vc é uma pessoa superficial eu diria que vc "só pensa naquilo"! E também diria que o buraco (ui!) é mais ...profundo...
O tesão a que me refiro é o "tesão" que te move, que te entusiasma, o famoso tesão pela vida!  (como a Regina Navarro Lins fala na imagem aqui ao lado) *
 
Eu tive dois episódios esta semana que me fizeram refletir sobre o meu "tesão pela vida". 
O primeiro foi na minha terapia, pois nesta virada junguiana da vida (a fase em que eu posso ser quem eu realmente sou ao invés de ser quem eu precisava ser) estou me deparando com estas questões. Várias coisas não precisam de muita atenção da minha parte...a filha cresceu, o relacionamento vai bem e o namorado é um cara bem resolvido, as coisas no trabalho estão em ordem, a saúde boa... mas a minha ansiedade piorando dia a dia!
Esta ansiedade, já descobri, está relacionada á minha vontade de ajudar, de fazer pelos outros, que por sua vez esta relacionada á baixa auto-estima de querer que gostem de mim, num mecanismo de "se precisarem de mim vão gostar de mim"...
O segundo momento em que este meu tesão foi questionado foi quando conversava com o Mr. Jay sobre o natal, e meu aniversário que está chegando, e ele disse... "é muito dificil dar presente para vc! não tem nada pelo que você é SUPER interessado, você não é muito consumista, nem fica desejando muitas coisas".
Ou seja, estou recebendo muitos sinais e avisos que devo começar a priorizar um pouco mais as minhas coisas, ir de encontro aos meus desejos, vontades, gostos.....
A pergunta "o que te dá tesão?" está ecoando na minha cabeça... e eu como sou bem caxias, assumi esta descoberta como uma "lição de casa". Não que isto seja verdadeiramente um problema, eu estou encarando muito mais como uma QUESTÃO, algo que eu posso me esforçar mais para aprender ou melhorar.
Eu nunca fui um fã inveterado de ninguem, como já disse gosto e admiro muita gente, mas sem nenhum exagero, tenho alguns hobbies, alguma vertente de colecionismo, mas nada disso parece estar relacionada a este TESÃO PELA VIDA de que falo. O Klecius me perguntou se meu tesão não estaria nos relacionamentos, nas pessoas, nas construções de relações... eu acho que eu concordo; estar com quem eu gosto me deixa realmente "pilhado", e invisto muito tempo, cérebro e "coração" nesta questão... mas me parece uma coisa tão etérea, que não ajuda muito a "pessoa saber o que gosto para me dar um presente"...
 
Será que eu tenho que eleger um "tesão central" ou é aceitável ter "multiplos tesões", porque eu francamente acho que tenho entusiasmo por muita coisa, embora nenhuma delas exageradamente...
 
Ah lembrei de mais um episódio que aconteceu na sexta e que trouxe esta questão á baila! Eu estava conversando com a Prof.a. Márcia Berbel e disse: "o que mais me admira aqui na História da USP é o entusiasmo com que os professores dão aula" e ela me disse " isto acontece porque aqui na USP os professores estão nas cadeiras, nas disciplinas, em que são mais especializados, são assuntos que escolheram em suas vidas e que conhecem profundamente, são coisas pelas quais eles tem tesão!"
Conspiração cósmica.... todo mundo me fala do mesmo assunto!
 
E você, pelo que sente TESÃO, o que te dá tesão nesta vida?
 
 
* um blog "de família" como este... só poderia falar deste tipo de Tesão não é mesmo? #SQN

28 de novembro de 2014

Diário de Um Jovem Soropositivo


O Gabriel do DIÁRIO DO SEGUNDO ARMÁRIO está lançando domingo o Livro O SEGUNDO ARMÁRIO, e numa iniciativa para lá de legal ele disponibilizou o livro dele gratuitamente para DOWNLOAD! Legal não é? Veja o que ele fala sobre o livro:

"Pretendo, com minha história, despertar para a importância do combate constante ao estigma e à discriminação, certamente mais letal que o HIV. Assim, espero que as pessoas possam desvendar, comigo, as vivências e descobertas da vida com HIV. Abri mão dos direitos autorais e a editora não terá objetivos de lucro. Assim, conseguiremos deixar o ebook disponível gratuitamente para download na maioria dos aplicativos para essa finalidade."

Você pode achar o livro em : http://www.indexebooks.com/armario.html



24 de novembro de 2014

WAKE UP TIME!

Que horas vc gosta de levantar? 
Tem gente que gosta de levantar cedo! Tem gente que gosta de levantar tarde... normalmente nos dias de semana, nos dias de trabalho, não podemos escolher muito, a hora de levantar é determinada pelas obrigações! Então, uma das coisas mais deliciosas é poder relaxar um pouco neste quesito, deitar tarde - normalmente - porque não se tem nenhum compromisso de horário no dia seguinte e acordar a "hora que acordar"...
Eu faço muito pouco isto, levantar a hora que der "na telha". Dos 7 dias da semana normalmente em 6 deles eu tenho compromissos de horário matinais, não só compromissos de trabalho mas familiares também - na quinta por exemplo, feriado em Sampa City, tive que levantar ás 6:30 para levar a filha num simulado, no sábado levantei 7:30 para ajudar a prima na mudança.
Este domingo eu finalmente poderia acordar a hora que quisesse! Observem por favor a conjugação do verbo "poderia"... poderia mas não pude!
Mr. Jay sempre diz que eu sou ruim de cama, que durmo pouco e sempre acordo cedo mesmo quando não preciso, e ele tem razão, além da minha agitação natural eu tenho um sono relativamente leve, pego no sono fácil mas também acordo com barulhos e outros quetais...
E por falar em "quetais"... minha vizinha do andar de cima tem providenciado um quetal na figura de um cachorrinho chatinho que late muito, muito mesmo! E ele late sem horário, durante horas ás vezes... quando isto acontece durante o dia não me incomoda tanto (not!) mas de vez em quando ele começa a "lateção" á meia noite, ás tres da manhã... e a dona parece não se incomodar muito, deve achar "bonitinho" pois eu sei que ela tem mais outros 3 cachorros (num apartamento!), ou talvez ela tenha o sono pesado ... que eu não tenho.
Eu já tive cachorro, que também latia, mas era aquele latido de excitação quando chegávamos em casa, ou quando ele ficava sem comida na tigela, mas sempre procuramos fazer com que os latidos cessassem, o que não parece ser a atitude básica da tal da vizinha - que recentemente descobri ser veterinária. Nos EUA eles até tem um termo para isto, é o chamado Cão Estorvo (Nuisance Dog)
Eu juro que não quero ser chato, mas algumas das vezes tenho ligado para a portaria para reclamar - e eles ligam na vizinha pois escuto o interfone dela tocar. O problema não é reclamar, o problema para mim é perder o sono, pois ter que sair de baixo das cobertas, acender as luzes, ir até a cozinha, ligar para a portaria, falar com o porteiro... bom, meu sono já foi embora...
Esta semana isto aconteceu várias vezes e o pior é que na quinta, quando ele latiu a noite toda, o porteiro me falou que ela tinha ido viajar...(CUMA? viajou e deixou o cachorro latedor de presente para os vizinhos?).
Confesso que decidi não ser mais tão paciente e "compreensivo", sei até que a lei no silêncio se aplica se o latido for das 22 ás 6... mas na realidade o que me frustra é que a pessoa que queira ter cãezinhos não se preocupe que eles podem estar incomodando os outros... mais uma vez estamos falando de educação... um assunto mais do que recorrente na minha vida!
Mas é um fastídio ter que reclamar  e exigir o BÁSICO! Dammi una stanchezza!

E você? Você é bom de cama? O que te tira o sono? 

21 de novembro de 2014

Pobreza Pega!



"- Maria de Fátima, quando você trouxer um copo de água para seu convidado não traga na bandeja, você é a dona da casa, quem usa bandeja é garçon"
A frase, dita por Odete Roitman (personagem antológica da atriz Beatriz Segall) para a social climber Maria de Fátima, ilustra bem um dos exemplos de etiqueta, de comportamentos, que não "pega bem" para os ricos.
Eu assisti esta cena ontem... o Mr. Jay é fã confesso de clássicos pop, e dentre as coisas que ele curte estão as novelas antigas, recentemente ele comprou o DVD da Novela VALE TUDO onde o grande mistério "quem matou Odete Roitman" ocupou o imaginário popular por meses!
Mas o mais engraçado foi ele me dizer para prestar atenção na Odete, para deixar de fazer "coisa de pobre"! O que me fez rir muito... pois ele tem razão, eu realmente faço um monte de  "coisas de pobre"...
     
  • Colocar água no frasco de shampoo para diluir o resto e "aproveitar" até o fim...
  • Trazer para casa os saches e guardanapos que sobram quando almoça no fast food...
  • Guardar alguns potes de embalagens (de coalhada seca por exemplo), ou sorvete, para reaproveitar para congelar coisas na geladeira...
  • Usar o verso de folhas de papel, inclusive de malas diretas que chegam em casa...
  • Gostar de canetas de brinde - a gente sempre pode precisar não é?
  • e algumas outras que não me lembro agora...
 
Bem...bem.... posso até admitir que algumas destas práticas podem não ser requintadas... mas acho que meu grande gancho para estas atitudes é o desperdício e o "valor do dinheiro"... Apesar de meus avós terem sido lavradores com muito pouca instrução formal, vindos da Italia e da Espanha na primeira década do Séc. XX, eu tive uma infância confortável, pude brincar, estudar, ver televisão á vontade... meu avô ralou bastante e meu pai também, para que isso acontecesse... Mas sempre fui treinado para dar valor ao que tinha, a saborear as conquistas, a poupar para momentos dificieis e a não desperdiçar.
Na mente dos avós os sacrificios das duas guerras mundiais, das revoluções internas, sempre estiveram presentes, o meu avô sempre manteve na casa dele uma despensa de "Gúééérra" - ele nunca entendeu que em português não se encompridava a pronuncia da vogal antes da doppia. A despensa era um armário na casa - ou até mesmo um pequeno quarto nas casas maiores que teve - onde ele sempre tinha um estoque de "coisas que podiam faltar numa guerra", tais como dezenas de latas de massa de tomate, garrafões de água, fardos de papel higiênico, e outros enlatados e conservas... apesar de só morarem ele e minha avó ele fazia compras no Makro para sua despensa de "guéééérra".
Detalhe, no sítio e na casa de praia estes quartos e armários eram "secretos", escondidos atrás de portas falsas de lambris e até mesmo chaveados - para ver como ele levava a sério este assunto!
Mesmo minha mãe tinha sua "despensa de guerra" quando eramos crianças, a qual ela sempre recorria quando faltava algo na hora que estava cozinhando...
Eu não tenho memória de guerra, nem de revoluções onde o abastecimento foi seriamente prejudicado, mas tenho memória da inflação onde as coisa perdiam valor muito rápido... tenho memória da reserva de mercado, onde os produtos de qualidade e importados eram quase inacessíveis... talvez este conjunto de fatores, e minha consciência ecológica, em especial no que se refere a desperdício de papel por exemplo, é que me fazem ter algumas "atitudes de pobre"... mesmo me divertindo com as brincadeiras do Mr. Jay eu pensei, pensei e não vi nada demais em continuar a fazer alfumas destas coisas, que podem não ser "de gente rica", mas que estão bem de acordo com o que acredito e fui treinado!
Aliás, eu mesmo já "acusei" minha mãe de ter estas atitudes "de pobre", quando por exemplo vai fazer compras num supermercado muito mais longe da casa dela só porque é "mais barato que o Pão de Açucar" e depois, com mais de 70 anos, tem que se matar para descarregar as compras do carro, ao invés de mandar entregar como eu faço...
 
E você? Tem "atitudes de pobre"? O que pensa disto?
  
 
 E para ilustrar, algumas frases da "Odete Roitman" que achei na net...
 
- “Eu gosto do Brasil. Acho lindo, uma beleza. Mas de longe, no cartão postal. Essa terra aqui não tem jeito. Esse povo daqui não vai pra frente, é preguiçoso. Só se fala em crise e ninguém trabalha?”
 
- “Você acha que eu vou pegá-los no aeroporto? Eu acho a coisa mais jeca dar plantão em aeroporto. Eles até colocaram vidro para as pessoas não verem quem está chegando, mas mesmo assim as pessoas colocam o nariz no vidro, penduram criancinha pra dar 'tchau'. Eu vou mandar o chofer.”
 
- “Chinelo, chinelo... Que palavra horrível! Português é uma língua tão chinfrim.”
 
- “E eu que pensei que alguma coisa tinha mudado nesse país. Foi só botar o pé aqui que você começa a sentir esse calor horroroso, uma gente horrível no caminho, gente feia esperando ônibus caquéticos no ponto.”
 
- “O Brasil é um país de jecas. Ninguém aqui sabe usar talher de peixe.”
  
- “Você pode imaginar uma menina inteligente e sensível como a Maria de Fátima [Glória Pires] morando em uma cidadezinha de interior ao lado da mãe? No dia do aniversário ganhando bolinho com velhinhas, olhinho de sogra, cocadinha, docinho de leite, salgadinho enfeitado com florzinha de tomate?”


 

12 de novembro de 2014

Eu jamais iria no Museu Pelé!

Eu sempre digo que criar filhos é uma aventura muito divertida e estimulante não digo? Acompanharmos as fases e os desenvolvimentos dos filhos é que nos faz sempre pensar em toda nossa trajetória...
Ontem li a notícia sobre a inauguração, em Santos,  do Museu Pelé. Eu nem gosto de futebol, mas comentei com minha filha que deveria ser um lugar legal pois foi construido num prédio histórico no centro de Santos que estava em ruinas e que foi reformado.
- Quer ir lá conhecer?
- Eu jamais iria no Museu Pelé!
- Cuma? Porque?
- O Pelé foi omisso durante a ditadura e nunca ajudou o movimento negro, eu acho que ele prestou um des-serviço á população!
- Mas o Pelé é reconhecido mundialmente, vai ter gente que vai vir de todos os lugares do país , e até do mundo, para conhecer o Museu e a cidade de Santos onde ele viveu e começou a carreira, aliás, Santos já é conhecida mundialmente por conta do Pelé!
- Eu preferia muito mais ir a um Museu dedicado ao Socrates, que lutou contra a ditadura e criou a Democracia Corintiana.
- Mas o Pelé também tem seu valor, o Sócrates, por conta de seus excessos com bebida, não é exatamente um exemplo para os jovens.
- O Sócrates tinha uma doença, ele tinha um problema genético chamado alcoolismo, e independente disto ele fez muito mais que o Pelé.
- Mas posso te garantir que se construissem, lado a lado, o Museu Pelé e o Museu Sócrates, ia ter muito mais fila de gente querendo entrar no Museu Pelé!
- Mas eu ia no Museu Socrates!
 
Resolvi dar por encerrada a conversa, não só por que o objetivo de uma conversa não é ter um vencedor (o que ás vezes ela não entende ainda) mas principalmente por ver que ela tinha uns argumentos interessantes... alguns típicos de uma jovem eleitora da Luciana Genro como ela....o que não os invalida...
 
E você? Em qual Museu quer ir?

10 de novembro de 2014

se eu soubesse o que sei agora...

Acho que todo mundo já fez esta reflexão não é? Se eu soubesse o que sei agora...faria tudo diferente...
 
Para os que escrevem sobre História este é um grande perigo, é o chamado "anacronismo" -  tentar avaliar ou entender a história do ponto de vista dos hábitos e conhecimentos atuais. Por exemplo, com o que sabemos e acreditamos na atualidade sobre direitos humanos, fica difícil entender a escravidão ou a inquisição. Para entender e estudar isto você tem que procurar pensar com a cabeça da sociedade da época que estas coisas foram formatadas.
Os Flintstones terem automóveis e máquinas de lavar-louça também seria um exemplo de "anti-cronismo", o outro nome do anacronismo. Coisas fora de época, mesmo que sejam movidas á dinoussauros ou mamutes...
Aliás, outro anacronismo! Quando os seres humanos surigram os dinossauros já estavam extintos há muito tempo! Nunca convivemos com os "dinos"
 
Eu penso que para nós, que estamos escrevendo - e vivendo -  nossa própria História, o anacronismo pode ser um perigo. Se eu achar que devia ter feito tudo diferente, baseado no que sei agora, posso não querer seguir adiante, por achar que estou no melhor ponto da minha trajetória ou por querer voltar para algum momento que já passou.  
Tem aqueles que vivem no passado de certa forma, que ainda pensam naquela oportunidade de emprego que não aproveitaram, naquela pessoa que deviam ter conhecido e não se arriscaram, aquele NÃO que deveriam ter dito - ou aquele SIM que disseram. Gente que está no presente buscando um passado baseado nos seus novos conceitos, nas suas novas experiências...como se pudesse voltar no tempo...
Voltar no tempo mas sabendo o que sei agora... ai sim eu poderia aproveitar melhor o passado nós pensamos! É isto que todo mundo pensa vez por outra!
 
Quer ver uma coisa do dia a dia que me parece ser um bom exemplo disto?
Já aconteceu de você reler um livro que tinha simplesmente a-d-o-r-a-d-o e você não vivencia a mesma emoção, fica até decepcionado? Você estava buscando aquele sentimento que tinha vivido, mas ele só era possível para aquela pessoa que você era no passado - isto não quer dizer que esta releitura não te traga novos sentimentos, mas eles serão isto mesmo, NOVOS!
Eu, por garantia, evito reler meus livros...rsrsrsrs
 
Ficar preso na expiral do "que deveria ter sido" é perigoso, mas passar por ela, de vez em quando, me parece servir para confirmar (ou validar como está na moda) o nosso presente e nossas escolhas... Fico satisfeito em perceber que "se eu soubesse o que sei agora faria tudo diferente". É uma sensação boa! Me mostra que hoje faço escolhas melhores... e que aquelas escolhas não estavam erradas, como eu poderia pensar do ponto "histórico" da minha vida, elas eram as escolhas "possíveis" naqueles momentos!
 
Esta reflexão está na minha cabeça faz tempo... desde que tive uma papo com o Rê e o Zé António...e o Zé me pareceu apreensivo por eu argumentar isto em algum momento de nosso papo, que se eu soubesse o que sei agora teria feito tudo diferente e algumas coisa teriam durado menos, acabado antes...e ele tinha razão, como amigo e também como psicólogo, de pedir relfexão sobre isto!
É o famoso E SE! Que pode ser ruim.... mas que eu vez por outra me permito utilizar!
 
E você, conjuga muito o E SE? Passa pela tua cabeça voltar atrás e refazer algo?
 
 
 

7 de novembro de 2014

Palestra sobre Racismo

Para todos que se interessam sobre a questão racial no Brasil
A ONG PROJETO ACOLHER promove neste sábado uma palestra com o tema
RACISMO E ADOÇÃO, que terá a presença da Prof.a. Dr.a. Maria Inês da Silva Barbosa - que defendeu tese sobre a questão do Racismo na Saúde - a Prof.a. virá especialmente de Salvador para o evento, portanto é uma oportunidade única!
O Evento se realizará no auditório da OAB de Santo Amaro, para inscrever-se ligue (11) 2577.0238

5 de novembro de 2014

Eu quero ser Odete Roitman!

No sábado, numa roda de conversa numa festa, uma garota (tenho 50, posso chamar um monte de gente de garota!), que trabalha diretamente com o público, pois é comissária de bordo, comentou:
- É impressionante como as pessoas estão mal educadas hoje em dia. As pessoas melhoraram de vida, passaram a poder andar de avião, mas pioraram de educação. Ninguém fala por favor, ninguém fala obrigado, te puxam pelo braço...Eu não entendo!
Mas ai uma outra explicou:
- Isto é fácil de entender, as pessoas sempre veem nas novelas que os ricos - os que se dão bem e tem grana - são sempre grossos, preconceituosos, desonestos,  tratam mal os empregados e desprezam seu passado humilde, então quando conseguem ter dinheiro eles acham que ser rico é se comportar como os ricos da novela. ele não querem ser mais os educados e humildes, os pobres explorados e trouxas... para ser rico tem que tratar os subalternos mal!
Uau! Eu não sou um grande mestre em sociologia, aliás, nem grande nem pequeno, mas o que esta mulher disse me pareceu uma análise bastante correta.... de certa forma nos faltam bons exemplos.. de tudo! Quando se educa um filho, muito mais importante do que se fala é o que se mostra!
Penso que muita gente "de bem" gostaria de se envolver com a política, mas como só vem maus exemplos, más práticas, ele não quer se meter com aquilo, se sente enojado.
A Edith Modesto sempre em convidava para conhecer pais de jovens gays - em especial daqueles que tinham acabado de se revelar - para que estes pais conhecessem outro tipo de gay, aquele que tem família, que é casado, pai, trabalhador, ela chamava isto de modelo POSITIVO, pois os pais sempre tinham o exemplo do "gay bicha louca", o travesti da esquina, dos caras pelados na parada gay(1)
 
Eu sou uma pessoa que foi construida na base dos exemplos, de professores, de amigos, de pessoas famosas pelo que escreveram ou fizeram, mas eu tive que aprender quais eram os exemplos "bons" e o exemplos "ruins", em algum momento de minha vida eu fiz a escolha pelo que hoje considero o "certo".
Mas estou ciente de que esta não é a única realidade, que os meus conceitos do que é "bom" não estão necessariamente certos. Um exemplo? Minha filha tem uma amiga que, apesar de cursar engenharia, já verbalizou que se tiver escolha prefere casar com um cara que tenha condições para que ela não trabalhe, a.k.a. "cara rico". Absurdo? Este é o exemplo que ela tem em casa, a mãe, de família bastante simples, tem estes valores, casou com um cara rico, nunca pensou em estudar e em trabalhar, passa os dias fazendo compras em shopings na internet e em sites de moda e decoração... Isto pode estar "errado" para mim, mas para ela não!
 
Mas EDUCAÇÃO já é um pouco diferente... Não é? Aprender a lidar com as pessoas quando se vive em sociedade é um pouco fundamental demais para ser apenas uma escolha! Temos que ser educados e exigir que sejam educados conosco, temos que falar sobre isto, mostrar mais, dar mais exemplos bons...
 
Tem muita gente que argumenta que alguns governos só mantem o poder através do assistêncialismo, que gostam de fazer como os antigos coronéis, mantendo os pobres no cabresto. Eu até concordo, mas não tem como deixar de reconhecer o quanto os ultimos governos fizeram para garantir o acesso ao ensino superior, o que poderia ser, em ultima instância, um tiro no pé, pois estaria formando pessoas mais críticas e pensantes (mesmo que não seja um ensino de qualidade, mesmo que seja um "puta" negócio para as faculdades fastfood, mesmo que eu ache que deviam usar este dinheiro e criar boas universidades publicas).
Mas Educação é diferente de Educação Formal, não são excludentes mas são complementares!
 
E você, também acha que as pessoas estão menos educadas? E você? È educado?
 
 
(1) mesmo que a gente não goste disto, deste preconceito, é assim que as coisas são e a Edith trabalha com pessoas reais e não ideais!

3 de novembro de 2014

A Época da Intolerância...ou "a democracia é coisa de infiéis"

Eu acho muito importante podermos rir de nós mesmos. Acho isto extermamente saudável e nos faz desenvolver um certo pensamento crítico sobre nós mesmos, mas muita gente não pensa assim. O Mr. Jay mesmo fica um tanto irritadinho se faço piada com coisas erradas que acontecem na vida dele...mas está se acostumando com esta minha "faceta".
Em função disto eu estava me divertindo muito com as charges do período eleitoral, que caçoavam da Dilma e do Aécio, que zoavam com PeTralhas e Coxinhas. Uma das ultimas que ri foi a que propunha, em função dos resultados das eleições, que se transformasse Minas num lago!
Mas esta semana eu fiquei bastante desconcertado com alguns fatos:
Primeiro com o deputado - segundo ele com anuência do Aécio - que propôs uma espécie de auditoria nas eleições, pois "circulavam nas redes socias boatos de fraude"...uma bobagem e uma estratégia de marketing para ele aparecer na tv que foi prontamente ignorada pelo STF. A outra foi a "passeata" de umas três mil pessoas pedindo o "impeachment" da Dilma, com comando do, digamos de forma delicada, patético dinossauro Lobão.
Mas a isto se somou ver declarações, de pessoas que considero amigas, que ficaram no que se denominou LADOS DIFERENTES da disputa, umas  dizendo que "eleitores do Aécio não se preocupam com os pobres" e outras que "é por isto que não viajo para o Nordeste, com o meu dinheiro eles não ficam". Hoje mesmo eu li um texto do Toni Goes falando a mesma coisa.
 Eu não vou dizer que se o PT tivesse perdido não teria sido muito diferente, eu tinha lido declarações de líderes sindicais que se a Dilma perdesse eles iriam "parar o país" e dos lideres dos movimentos que lutam por terra e moradia que iam "invadir geral".

Perplexidade.
 
Mas me parece que este é um sinal dos tempos de CERTEZAS ABSOLUTAS  que vivemos!  Neste domingo eu li uma entrevista de um dos porta-voz do Estado Islâmico no Estadão dizendo que "democracia é uma coisa para os infiéis e por isto eles devem morrer". O que, guardado o exagero do paralelo, se parece muito com o que tenho ouvido no Brasil...
 
Antes para a pessoa expressar este tipo de opinião tão radical, e ser ouvida, tinha que fazer parte do governo (e sempre tomar cuidado com o que dizia e com as consequencias disto) ou fazer parte de algum veículo de imprensa (e também tomar cuidado com o que dizia, passar por crivos, arcar com as consequencias). Agora com a Internet tudo mudou, uma opinião crítica e preconceituosa expressa num perfil de rede social, ou blog, se espalha como um rastilho de polvora! E muitas pessoas não medem a consequência disto. Não acho isto ruim não! É apenas um CHOQUE de realidade a meu ver... 
Eu estou vendo pessoas que estão sempre criticando as bobagens que os homofóbicos que "só tem orificios de saida" sendo mais preconceituosos que eles!
 
Perplexidade é o sentimento!
Intolerância é o nome do jogo!
 
E você que está achando do jogo? 


 

27 de outubro de 2014

o PERIGO de somente os vencedores contarem a História

Numa semana de "ressaca eleitoral" como hoje, onde muitos recados foram enviados, tanto para quem está no governo, quanto para quem está na oposição, acho que este vídeo, da escritora nigeriana
Chimamanda Adichie se encaixa bem...
Se bem que o discurso dela também serve para falarmos de criação de filhos, de preconceito, e de muitas outras coisas...
Espero que gostem! Com legendas

Cliquem AQUI

ou no link abaixo...
http://www.ted.com/talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story?language=pt

23 de outubro de 2014

Vivendo os sonhos dos outros...

Todo mundo sabe, num relacionamento não devemos viver os sonhos dos outros, você deve ter seus próprios sonhos! 
Mas ás vezes isso é inevitável...é mais forte que a gente...
Na realidade os sonhos dos outros podem ser os nossos próprios sonhos... quando se é pai, viver o sonho do filho se torna... quase natural...
Estamos num momento destes aqui em casa! A filha fazendo cursinho e estudando ardorosamente (tá! nem tanto!) para entrar na USP, que é a única que ela realmente quer! Ela tem um plano B, que é a PUC, mas ela realmente quer entrar na USP. 
Eu sei o quanto ela quer isto, eu sei que ela vai se sentir vitoriosa, que vai sentir orgulho dela mesma.
Eu tenho presenciado umas crises do tipo "eu sou burra e não aprendo nada", "eu devia ter estudado mais desde o começo do ano", "acho que vou fazer mais um ano de cursinho".. não sei se elas tem coincidido com os dias da TPM, mas tem dias que eu quase apanho quando quero minimizar...
Ela tem feito a parte dela, nunca perdeu uma aula, nem o horário - levanta sozinha sem minha ajuda - e cortou as saídas.
Da minha parte eu tento ajudar no que posso, deixo ela bem á vontade, pressiono bem pouco e cobro menos ainda. Assistimos juntos alguns filmes que podem ajudar, separo para ela links de reportagens, especialmente de atualidades, posterguei a reforma que ia começar em casa para evitar que a rinite dela, que está sob controle, dê as caras...arranjei um professor de Yoga para ela relaxar e melhorar a concentração e até andei fazendo umas redações, junto com ela, para debatermos como abordar os assuntos e para ela treinar o tempo, exercícios sugeridos pelo cursinho, eu faço uma e ela outra, com tempo controlado ... ai lemos juntos e comparamos.
Sábado vamos ver um filme na Mostra, sobre árabes e palestinos, como parte dos estudos...
E eu estou gostando de participar deste momento com ela, em muitos aspectos é muito bom viver o sonho dos outros!

Eu sei que muitos que visitam o blog não tem filhos, e nem querem ter, mas todos já devem ter  suas experiências de ter vivido os sonhos de outros, todo mundo já passou por isto!
Eu sei que vários que leem o que escrevo são pais, e entendem muito bem este sentimento.
Outros tantos querem ser, e se eu puder dar um conselho eu diria, não desistam da ideia, não esperem "estar preparados" pois nunca estamos verdadeiramente preparados. Se você está esperando o companheiro perfeito para realizar este desejo, não espere muito, parta para a produção independente!

Viver o sonho dos outros, num relacionamento amoroso, pode não ser muito saudável, mas viver o sonho dos filhos....isso pode!

E você? Já se entregou e viveu o sonho de alguém?


19 de outubro de 2014

e namorar? quem quer?

Engraçado como existe uma espécie de conspiração "cósmica"... seria a tal da consciência coletiva?

Eu já tinha escrito o post anterior, que falava sobre os efeminados no mercado de trabalho, quando encontrei um conhecido meu:
Parabéns pelo seu namoro - disse ele!
Obrigado, e você, está namorando? perguntei
- Não, vc sabe, ninguém quer namorar as pintosas!

Incrível não? Este tipo de coincidência me fascina!

No começo da minha vida gay, antes de me assumir, me aceitar, eu tinha bastante estranhamento com os gays mais efeminados, evitava estas pessoas e nem passava pela minha cabeça sair ou me relacionar com um cara que desse muita bandeira...
Algo parecido com aquele clássico papo de "eu não frequento o meio gay, não gosto de guetos"...

Hoje percebo que isto tinha relação direta com minha homofobia internalizada, eu estar perto de pessoas que parecessem gays era um sinal direto de algo que eu queria esconder...
Com o tempo fui melhorando, mas foi o meu processo de aceitação que fez com isto mudasse... no final acabei me relacionando com alguns homens que eram bastante "pintosos" e sempre tive amigos que fazem o radar gay de qualquer um apitar bastante.... Eu poderia dizer que com o tempo eu fui me tornando "mais" gay, ou melhor dizendo, eu fui me preocupando cada vez menos com isto. Eu mesmo já tive amigos que me "puxaram de lado" para perguntar porque eu estava saindo com aquele cara tão efeminado, estilista de moda....
Mas eu também sei alguns que se interessaram por mim estavam ligados no fato de eu não parecer tão gay, de ser mais "masculino", como diriam. Eu até já escutei - Você não devia fazer isto porque você é "hominho", quando fui vestir uma roupa um pouco mais ... gay...

No post anterior o MARK comentou que esta questão pode  estar relacionada á permanente "desvalorização do feminino" que permeia toda nossa sociedade, e eu acho que ele tem razão, pois os efeminados são sempre associados á passividade sexual, no clássico jogo ativo/passivo e dominador/dominado. De certa forma o preconceito do feminino é mais atávico em nossa sociedade que o preconceito com relação ao gay, não é mesmo?
Eu respeito que a pessoa goste de alto, baixo, gordo, magro, branco, negro, efeminado ou masculino, especialmente quando as pessoas buscam um relacionamento elas tem em mente algum tipo de perfil que "encaixe" no sonho de consumo e na expectativa de felicidade de cada um. Mas quem já teve experiencia de relacionamento mais longo sabe que um relacionamento vai muito além disto.
Mas como, aparentemente, nem os efeminados gostam de se relacionar com os efeminados, ai fica mais dificil namorar mesmo, como disse meu amigo, e como várias vezes eu já ouvi o FOXX falar... Mas eu tb conheço vários que preferem os mocinhos mais "delicados" - para usar uma expressão vintage!

E vc o que acha? É mais difícil para um efeminado namorar?







16 de outubro de 2014

"ninguém quer contratar as femininas!"

Há alguns anos atrás eu precisei contratar um funcionário para cuidar do escritório. Era uma vaga para um auxiliar de serviços gerais que cuidasse do dia a dia da limpeza, da manutenção e do jardim. Então eu divulguei esta vaga entre os amigos dizendo que eu queria dar oportunidade de algum LGBT assumir esta vaga. Disse que não havia problema ser alguém sem experiência e nem alguém que fosse efeminado ou até mesmo trans.
Eramos uma empresa que estava iniciando, este seria o segundo funcionário da empresa - a primeira era a secretária contratada dois anos antes. E contratar uma pessoa abertamente gay fazia parte da minha "militância de formiguinha" (o blog tb é parte disto).
 
Mas havia mais razões, e uma delas é que  eu sei que os gays efeminados sofrem mais preconceito! 
 
Primeiro: para as pessoas que são mais "bandeirosas" o preconceito na escola muita vezes as afasta dos bancos escolares... se for uma garoto ou garota trans fica mais dificil ainda. Sem escola, sem estudo, sem educação formal... começa o ciclo de exclusão do mercado de trabalho.
Sem estudo sobram os cargos menos qualificados - onde o preconceito é maior ainda (todas as pesquisas dizem que pessoas com menos instrução tendem a ser mais preconceituosas não é?). Ou seja, nem para estes cargos menos qualificados são contratados, porque os contratantes não querem este tipo de problema na empresa, nas equipes.
Hoje em dia penso que as coisas estão um pouco melhores, existem áreas que dão muitas oportunidades para homossexuais, As empresas de telemarketing por exemplo, são o primeiros emprego de muitos jovens gays, mas ainda com salários baixos, com poucas chances de crescimento porque as pessoas continuam não muito dispostas a darem oportunidades para as "pintosas".
Me parece que para as mulheres que são mais "masculinas" este problema é um pouco menor, ao que parece as "bichinhas" incomodam mais, mas com certeza outras pessoas perdem oportunidades de emprego por conta do jeito que são. Aliás, eu até já vi mulheres lindas dizerem que sofrem preconceito justamente por serem bonitas - principalmente as pessoas achando que elas não podem ser inteligentes e que só tem bons cargos em função da beleza...
 
Divulguei a vaga e ai apareceu o R! Indicado por uma amiga lésbica. Ele tinha 36 anos e nunca tinha trabalhado com carteira assinada. Tinha feito até a metade do ensino médio porque os pais nunca estimularam ele a enfrentar o preconceito na escola e ele acabou desistindo. O pai dele abandonou a familia e a mãe ficou doente, ele passou anos cuidando da mãe até ela morrer. Quando a mãe morreu ele foi cuidar de uma tia velhinha durante quase 10 anos, e ela tinha morrido no começo do ano. Naquele momento ele morava "de favor"   na casa de um conhecido que o acolheu, dormia no terraço envidraçado, cujas janelas tinham sido fechadas com jornal para conter a claridade. Ele não era um rapaz bonito, usava cabelos longos.. e para ilustrar o quanto ele estava ligado em seu lado feminino, eu vou te contar que a primeira coisa que ele comprou com seu primeiro salário que recebeu conosco foi... um vestido verde de paetês que fez questão de mostrar para a gente as fotos...Além disto o R tinha uma grave perda auditiva, em função de uma doença de infância.
 
Me diz quem contrataria o R? Sem qualificação, sem referências e bichinha de voz de "taquara rachada"?
Não quero aplausos nem parabéns por isto, como disse nao era nenhum cargo maravilhoso, era um salario um pouco maior que um salário minimo. Tenho certeza que vários de vocês fazem coisas parecidas, só estou contando a estória para ilustrar a questão do preconceito, para conversar.
Ele era muito prestativo, preocupado em acertar, em aprender, muito carinhoso e amável com todos ele era membro da equipe...apesar de que do ponto de vista de manutenção ele era uma negação - a "bicha" tinha mêdo de furadeira! rsrsr. 
 
Ele ficou conosco quase dois anos, foi quando mudamos da casa que utilizávamos para um conjunto num predio comercial, e precisamos mandar ele embora pois, sem jardim e sem área externa não justificava mais sua função. Mas o  melhor foi o que aconteceu depois...
Como ele tinha este problema auditivo orientei ele a buscar um emprego dentro da política de cotas - afinal de contas ele já não tinha mais "carteira em branco" e tinha uma bela carta de referencias nossa. Ele conseguiu emprego para trabahar num grande escritório de advocacia - conseguido por uma cliente nossa,  pois contamos para todos que estavamos procurando trabalho para ele -  começou trabalhando no arquivo, depois foi promovido a "separador de processos", depois foi promovido a "acompanhador de advogados nas audiências".... e o que mais o divertia era ter que vestir "terno" para ir ao forum... ele dizia que se vestia de "hominho"!
Ou seja, é um cara competente e está galgando seu futuro.. hoje mora em seu apartamento e da ultima vez que falei com ele, soube que tinha "acolhido" em sua casa uma pessoa transgenero que estava com dificuldades...O nome deste jogo é oportunidade! Ou seria CORRENTE DO BEM?
 
Talvez vc tenha achado meu texto preconceituoso, por usar  termos como "efeminados", "pintosas", "masculinizadas", achando tudo isto uma bobagem relacionada ao gênero... Mas eu realmente não achei um outro jeito de abordar o assunto...
 
Só para pontuar e ilustrar...o nosso querido R, com dinheiro da rescisão na nossa empresa, comprou um lindo vestido... de noiva... o que não deixa de ser muito divertido nao é?
 
 
E você? Já sofreu preconceito por dar "pinta" no trabalho? Como resolver isto?




14 de outubro de 2014

como é que é?

"Papa Francisco estende a mão aos gays"
Ontem e hoje estão pipocando as notícias do tal Sínodo dos Bispos Católicos em que foi proposta o que parece ser uma pequena "revolução" com relação aos homossexuais...
Ao que parece a Igreja vai aceitar que existem "homossexuais com qualidades"...ou seja vai aceitar que todos aqueles padres, bispos e cardeais homossexuais existem e que tem qualidades para ajudar a igreja.. Imagina você ser gay e trabalhar numa empresa que nos seus estatutos é homofóbica? É isto que acontece nas igrejas até hoje...Lembrando que faz bem pouco tempo a Igreja recomendou que o critério nos seminários fosse mais apurado para evitar o ingresso de homossexuais.
 
Eu não sou daqueles otimistas convictos quando se trata de doutrina religiosas, sou um cristão convicto, fã de Jesus Cristo, mas que também sabe que a maioria das Igrejas não está interessada no que ele ensinou, mas em manter (ou conseguir) o PODER, normalmente controlando, oprimindo e explorando os fiéis.
Mas talvez não seja de todo ruim ficar atento a este movimento, é claro que o Francisco pode morrer amanha e o próximo reverter tudo o que ele esta fazendo, mas, sempre é um certo sopro de ar fresco..ou seria ar "viado"?
 
E você, acha que dá para ficar otimista com mudança na Igreja de Roma?

13 de outubro de 2014

ai vem um filho da puta... e pega o que é seu!

Mr. Jay acaba de se tornar parte das estatísticas! Ele estava numa reunião de trabalho, estacionou o carro perto do local, e quando voltou umas 3 horas depois, tinham levado o carro dele!
 
Sim, o carro tinha seguro, alarme e até mesmo o sistema ITURAN de localização (que diga-se de passagem nem chegou a localizar o carro). Não, nao teve violência, foi um furto, ele nao se machucou, mas isto não significa que quando roubam uma coisa sem você estar presente isso não é violência!
Ele está consternado, pois ele é super cuidadoso com o carro, faz as revisões certinhas desde que comprou, lava, mantem sempre arrumado... Mas nem precisava fazer isto para justificar a sensação de perda! O carro é dele e ele cuida como quer!
Eu já fui roubado e já fui furtado, e todas as vezes o sentimento de impotência e de perda são acachapantes. Pensar em todo o suor do seu rosto, todos os dias que levantou cedo, todos os sapos que engoliu no trabalho, que te fizeram ganhar o dinheiro para conseguir SEU patrimônio... e ai vem um FILHO DA PUTA e rouba...( me desculpem as putas)
 
Eu sei que roubo de veículos não é um privilégio do Brasil, no mundo inteiro se roubam carros, o nosso privilégio é termos um sistema completo montado para devorar e retroalimentar os roubos! A tal rede de desmanches clandestinos.
Mais fácil que roubar um carro é vender as peças para os desmanches... e quem alimenta os demanches? A corrupção com certeza! Que os camufla de honestos, que impede a polícia de prender seus responsáveis! O pior é saber que isto é uma das engrenagens mais lucrativas do crime organizado!
Comprar peças usadas  para consertar seu carro é uma maneira absolutamente digna de economizar, só está errado se você sabe que esta comprando num lugar que comercializa peças de origem ilícita... o que imagino deve ser dificil de saber se o local tem "aparência" de honesto.
De certa forma a crise moral e de autoridade atinge nosso dia a dia não é mesmo?
 
Para quem está do lado de quem tem algo roubado a sensação de impotência e frustração é grande também, mas não se compara, a gente pode tentar ajudar, ficar do lado, dar apoio, mas ele é que vai ter que trabalhar mais para reconquistar o patrimonio, e ter que ficar a pé, e etc...
Mr. Jay não é um cara materialista, ele ficará baqueado por um bom tempo, frustrado, mas vai trabalhar, reconquistar seu patrimônio - que o seguro cobre mas não totalmente - e vai continuar tocando a vida dele, mas sempre vai ficar aquela "marquinha" na pele...
 
E você? Ja passou pela mesma frustração? Tem muitas "marcas" da violência na sua pele?

8 de outubro de 2014

Nossos ídolos não são mais os mesmos! Ou são?

Semana passada eu fui assistir ao musical "CAZUZA" que está em cartaz em São Paulo no lamentável Procópio Ferreira (cadeiras velhas e sem numeração, fileiras apertadas, uó).
Eu gosto muito do Cazuza, tive oportunidade de assisti-lo ao vivo, e gosto da maioria das músicas dele. "EXAGERADO" é música incidental obrigatória em vários momentos de minha vida.... quem lê um pouco do que já escrevi entende perfeitamente isto!
O espetáculo começa com uma grande cena de orgia, incluindo vários casais homossexuais, e foi divertido perceber na plateia hétero um certo desconforto - os machões sem saber se aplaudiam ou ficavam quietos, esperando a aprovação de suas namoradas e esposas... o cara que estava do meu lado começou a teclar no celular...rsrsr. Teatro em São Paulo, no fim de semana, sempre tem muita gente do interior assistindo, talvez por isto o desconforto apareceu mais, e por ter muito poucos gays na plateia.
São três horas de espetáculo, o que é um pouco cansativo, achamos que ele poderia ter cortado pelo menos uns 30 minutos de blablabla. A parte que mais me impactou foi a questão do envolvimento intenso dele com as drogas, com os excessos, fiquei realmente triste por imaginar que ele ainda estivesse entre nós não fossem estes excessos.
Quando comentei isto no intervalo com Mr. Jay ele dise que a relação com as drogas não é bem assim, que muita gente usa e não perde o controle... Eu sou realmente careta em muitos aspectos.
Aliás, minha filha me mostrou um filme muito esclarecedor sobre esta questão, CORTINA DE FUMAÇA
Também fiquei feliz em ver muita gente jovem no teatro, garotada que, como minha filha, que tb foi conosco, não tinha nem nascido em 1990 quando ele morreu! Sinal que as coisas boas, especialmente músicas, eternizam seus compositores e cantores!
A questão da AIDS é mostrada de forma bem direta - sem entrar no moralismo que sempre cercou a relação da Lucia Araújo com o Cazuza -  mas mostra bem como foram aqueles tempos bicudos da AIDS, quando muitos de nossos amigos e ídolos morreram, independente do dinheiro que tinham para se tratar. 
Pensando agora, como pai e como gay, acho que a produção falha ao não fazer uma menção á prevenção - não no espetáculo que isto seria ridiculo, mas quem sabe distribindo folhetos no final do espetáculo, ou camisinhas... sei la´... fazendo algum coisa, assumindo alguma responsabilidade!
 
E para encerrar, nosso imporvável cantor de limgua presa, num cenário absolutamente... Exagerado! Praia do Pepino em 1986!






2 de outubro de 2014

Sobre o tal voto LGBT

Eu ja falei sobre isto e defendo que LGBT deve votar LGBT, eu já tenho meus candidatos escolhidos, mas este site http://www.votelgbt.org/ pode ser bem informativo, inclusive para quem não é de São Paulo. São iniciativas como esta, montar este site, da sociedade civil,que ajudam a termos um Brasil melhor...



Mas se você ainda não decidiu seu voto para Presidente, e quer uma opinião abalizada.. sugiro este comentariasta político:







30 de setembro de 2014

Eu, Você e ELE

Não! Este não é uma post sobre POLIAMOR, nem sobre relacionamentos abertos...Mas é um post sobre a construção de relacionamentos.
Vale para relacionamento amoroso, mas também para o relacionamento de amizade, de pais e filhos...ELE é sempre uma construção!
Quando eu digo ELE estou me referindo ao relacionamento em si, pois eu tenho aprendido que um relacionamento é sempre único, porque a combinação de duas pessoas é sempre única! Talvez eu vá dizer o tal do "obvio ululante", talvez seja um reflexão mais adequada para ser publicada na Capricho, mas teve muitos momentos de minha vida que eu "esqueci" disto que estou aprendendo agora:
CADA RELACIONAMENTO É UNICO!
É como a genética, cada vez que combinamos genes diferentes temos resultados diferentes! Aliás, mesmo quando combinamos os mesmo genes mais de uma vez, a cada vez os resultados são diferentes! Mesmo irmãos univitelíneos são pessoas diferentes!
Mães e pais! Por favor assumam que não amam seus filhos de maneira igual!
Se você reata uma amizade de muitos e muitos anos atrás, você e seu amigo já mudaram, a amizade nunca mais será a mesma. Se você reata com alguém com quem ja teve um "crush" em algum momento de sua vida, e fica querendo que tudo seja como foi da outra vez, você vai se frustrar!
TEM QUE CUIDAR PARA VIVER E CRESCER!
Um relacionamento é como uma plantinha, precisa de água, de luz, de nutrientes para crescer, e é um trabalho de equipe, cada um fazendo a sua melhor parte - um traz a água, outro rega no horário certo. Um protege a plantinha das tempestades, o outro pinta um belo quadro para retratá-lo!
Se só uma das pessoas cuida do relacionamento ele certamente não vai dar certo, sempre vão faltar alguns nutrientes para que seja uma planta grande e forte o suficiente!
A pessoa que cuida sozinha vai passar a se sentir DONA do relacionamento, vai se sentir a única responsável por ele, e, ou ela vai cobrar muito do outro dono do relacionamento, ou ela vai se frustrar e se anular achando que só pode ser feliz se cuidar daquele relacionamento, ela se fecha para outras possibilidades, ela se torna egoista, mesmo que ela acredite ser uma pessoa legal por estar cuidando do relacionamento sozinha. Nenhuma amizade, nenhum amor, sobrevive deste jeito.
NÃO É FÁCIL!
Se você não está disposto a trabalhar duro num relacionamento não devia nem começar! Eu vejo pessoas que adotam crianças e que devolvem estas crianças poucas semanas depois... (pode ficar chocado porque eu também fico).. as pessoas alegam que as crianças "são muito fechadas", "são muito agitadas", "não se adaptaram", e.... até que ..."não comem verdura".
A pessoa alega que o pretê "é carinhoso mas é muito devagar", "não gosta tanto de sexo quanto eu", "é imaturo", ou o clássico "não quer nada sério"... e tudo isto ás vezes depois do primeiro encontro!
Talvez você fique triste porque o seu amigo NUNCA chama você para sair, é sempree você que convida, que liga.. talvez para você isto seja uma desatenção, um desamor...
Um relacionamento vai ter crises, vai ter mentirinhas (ou traições), pedras pelo caminho, leves e pesadas, que vãoser tiradas do caminho, contornadas, ou você vai parar na pedra e esperar algo acontecer...Se fosse fácil não seriam tão bons e tão raros os bons relacionamentos de amor, de amizade...
NÃO ESQUEÇA DO CICLO DA VIDA!
Nascer, crescer e morrer, o ciclo da vida também vale para os relacionamentos! E não devemos nos frustrar por isto!
Manter um amor na UTI, cheio de tubos e com remédios fortes para garantir a sobrevida é um despropósito! Eu sou favorável a EUTANÁSIA! Não tem porque sofrer, se martirizar, gastar uma puta energia com paliativos! Um relacionamento precisa de "qualidade de vida", se isto não for possível o melhor é uma conversa sincera, um conversa que ainda pode ser amorosa porque vocês ainda tem consciência das coisas boas, ainda há algo a se preservar.
Se ele durar bastante é porque deu novos frutos, foi reinventado, mas com certeza isto só acontece se ele for cuidado pelos dois envolvidos!
enfim....

Eu já aprendi um pouco sobre cada uma destas "máximas", e ainda estou aprendendo, mas ter isto em mente me faz olhar os relacionamentos de outra forma, sem esperar que eles se cuidem sozinhos, sem ser preguiçoso, sem achar que nada vai mudar e que só é bom se for para sempre!
E para você? O que é preciso para um bom relacionamento de amor e amizade?

29 de setembro de 2014

Dá para não brigar?

Eu gostei muito quando no post anterior, que falava sobre as brigas nos relacionamentos - que iam acabando com o papel higiênico - quando varias pessoas comentaram, no blog e por email, que as brigas eram parte indissociável do relacionamento, do amadurecimento de uma relação, até me lembrei que tinha escrito algo sobre isto.
Mas tem gente que extrapola...tem casais que brigam demais, que envergonham os amigos por suas brigas, que constrangem as pessoas, qual é o limite de uma briga saudável? Brigar é sinal de amor? Para algumas pessoas parece que sim!
 


 

23 de setembro de 2014

Pode Dormir Brigado?

Este fim de semana eu tive um delicioso(*) encontro com o Bratz - que estava em São Paulo - e o Eduardo! Foi uma conversa muito divertida e fluida, como se fossemos amigos de grande data! Não é a tôa que o Bratz tem tantos amigos, se pelo que escreve no blog já curtimos ele, quando o conhecemos pessoalmente viramos fãs!
Num determinado momento da conversa o Bratz falou que era bom namorar e viver em casas separadas pois, "quando brigamos cada um vai para seu canto até esfriar a cabeça e no outro dia nem lembramos quem está com a razão" (citação não literal).
Eu do alto de minha "sabedoria" vaticinei: "eu nunca vou dormir brigado, eu sempre prefiro acertar as coisas, eu acho que assim deve ser"!
E eu realmente acredito nisto, meu "lado mulher" acha importante eventuais DRs(**). Sempre tenho uma necessidade quase pscótica de me explicar ou de receber uma explicação. De certa forma acredito que as coisas, no trabalho, na vida, tem que ser resolvidas, tem que ser ditas, sempre com aquela paranoia do que está "certo" e do que está "errado". Sempre adotei esta prática e ela sempre pareceu funcionar. O que é muito importante para alguém que adora dormir juntinhos como eu!
Não que tudo sejam flores, eu discordo de várias coisas com o Mr. Jay, mas são coisas do dia a dia, nunca chegamos a uma DR pelo que me lembro, mas eu sei bem o que é isto...a experiência do meu  casamento de quase 10 anos, e centenas de DRs , ajuda bastante.
O Paulo Roberto foi delicadíssimo, ele nada argumentou, não tentou provar seu ponto de vista, apenas me olhou com a expressão, que hoje eu traduziria como: "com o tempo ele vai aprender"...
 
Eu sou aberto a coisas que me fazem pensar, e gosto de pensar e absorver o que é inteligente! Sem ter medo de mudar, de rever conceitos! Ai eu fui ler sobre isto. E vi que "dormir brigado" também tem suas vantagens! 
o melhor de brigar é
"fazer as pazes"!

Vários psicólogos e pessoas que escrevem sobre relacionamentos falam que os conflitos, e especialmente a resolução destes conflitos, é sinal de maturidade de uma relação. Que as pessoas devem entender que não precisam estar de acordo sempre, que podem ter opiniões diversas, que isto os torna mais reais! Se os dois concordam com tudo e estão sempre, sempre, "de acordo", tem algo errado. Ou estão conversando pouco, ou alguém está cedendo demais.
Percebi que, de certa forma, é meio infantil da minha parte querer as coisas sempre certinhas e explicadinhas, nem sempre queremos explicar as coisas, e nem sempre precisamos saber o que a pessoa pensa sobre aquilo!
Talvez seja mais sinal de maturidade deixar as coisas esfriarem sozinhas do que forçar a temperatura a baixar de qualquer jeito, artificialmente, só para "não ir domir brigado". Prefiro não ter desavenças que afetem o relacionamento, mas da próxima vez que discordar vou pensar nisto...
Inevitável não lembrar do Zé Explicadinho, um clássíco do humor rasteiro, que decididamente é gay!
 
E você? Dorme Brigado? Ou prefere resolver tudo antes?
 
(*) quando fui revisar o texto achei meio lascivo a palavra delicioso... de duplo sentido, quase erótico, mas ai me lembrei dos textos do Bratz e ao invés de colocar outro adjetivo ao encontro - vários caberiam - resolvi deixar o "delicioso" em homengem ao Sr. Paulo Roberto!
(**) Discutir a Relação para quem não conhece a expressão

18 de setembro de 2014

Debate aberto sobre RELACIONAMENTOS em 20 de setembro

divulgando convite feito pela Psicologa Vera Moris



DIA 20/09 AS 15h
 
NO GRUPO DE PAIS HOMOPATER 
 
Teremos uma reunião aberta a convidados com Dr Plinio Maciel Junior discutindo um dos assuntos mais polêmicos de vocês homens: RELACIONAMENTOS
 
Amor, intimidade, relacionamento afetivo, sentimentos... coisas de homem? As relações amorosas entre homens para além da heteronormatividade.
 
Seria mesmo tão dificil homens viverem um relacionamento? Parece complicado falar de fidelidade de intimidade, quando se trata de dois homens numa relação?
Então vamos pensar junto com quem pode falar aberta e francamente sobre isso.
Nosso convidado Dr Plinio, que virá trazer essa discussão para homens e pais do grupo Homopater, é doutor especializado em assuntos sobre masculinidade, sendo terapeuta e professor na PUC-SP. 
Participe entre em contato para informações e inscrições
Vera Moris
Psicóloga
Tel (011) 5581-8141


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