2 de janeiro de 2006

O empresariado americano e a comunidade GLTB

AMERICA CORPORATIVA
por Malcolm Lazin

A lista da revista americana FORTUNE das 500 maiores empresas do mundo chegou a um consenso – Homofobia não é boa para os negócios. A Associação Americana das Famílias (AFA) falhou com suas ameaças de boicote para convencer a FORD a deixar de anunciar na mídia gay. Ameaças da AFA e de outras organizações similares também chegaram a DISNEY, MICROSOFT, WELLS FARGO e KRAFT, dentre outras.
Wal-Mart, a maior da lista da FORTUNE, inclui a proteção da orientação sexual em suas políticas de trabalho e contratou a Witeck-Combs, uma empresa de marketing especializada na comunidade gay, para conduzir seminários sobre o mercado GLBT para seus empregados.
Cinco anos atrás, uma minoria das empresas listadas pela FORTUNE tinham políticas voltadas a proteção da orientação sexual. Na lista atual 461 empresas (92,2%) das 500 listadas protegem empregados gays....
O mercado GLTB é muitomaior do que o imaginada, os institutos de pesquisa VOTERS e ZOGBY divulgaram que entre 4 a 5 % dos eleitores se identificam como gays ou lésbicas. De acordo com os estudos, há 15 milhões de americanos adultos GLTB.
Os 15 milhões de adultos GLTB, com um poder de compra de 610 bilhões de dólares por ano superam os 9,3 milhões de descendentes de asiáticos e só perdem para os 23,8 milhões de Afro Americanos e os 26,5 milhões de Hispano-Americanos.
Recentemente, mais e mais gays e lésbicas estão se tornando pais. Mas mesmo assim o número de familias gays com filhos ainda é pequeno o que faz com que este mercado seja mais atrativo ainda para a industria do turismo.
Estes 15 milhoes de adultos GLTB, com poucas crianças, e uma renda disponível maior para gastos com itens de luxo são consumidores atraentes para a FORD. É uma razão muito forte para não retirar os anúncios da Land Rover, Jaguar e outras marcas da FORD da mídia GLTB.
As empresas americanas tem se tornado um importante instrumento de mudanças sociais. Os conservadores quando atacam estas políticas inclusivas estão indo contra os maiores valores históricos americanos, como o direito de livre associação. O capitalismo eficiente requer decisões rápidas.
As corporações americanas se tornaram um importante aliado dos direitos GLBT, não apenas porque tantos concordam com a igualidade, mas principalmente porque mante´m políticas consistentes. Os capitalistas perceberam que para o mercado GLBT, negócios inteligentes seguem o dinheiro. Para ver a lista da FORTUNE clique em : www.equalityforum.com/fortune500

Sobre o autor: Malcolm Lazin é Diretor Executivo do EQUALITY FORUM, uma organização americana com sede na Filadélfia que patrocina e apóia iniciativas e que produz documentários e documentos sobre a história GLBT. Além disto organiza o maior fórum internacional sobre os direitos GLBT.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário! Assim que possível lhe dou um retorno!